A Coppe/UFRJ deu a largada em um dos projetos mais ambiciosos da mobilidade fluminense: o estudo técnico da Linha 3 do metrô, que pretende ligar Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. O projeto, que existe há décadas no papel, finalmente entra em fase de análise profunda com investimento de R$ 26 milhões via emendas parlamentares federais. As informações são do jornal O Globo.
Coordenado pelo professor Rômulo Orrico, do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe, o estudo tem prazo de 30 meses e pretende avaliar traçado, viabilidade econômica e impactos sociais do trajeto, que inclui um túnel sob a Baía de Guanabara. Segundo ele, a proposta é “fazer um estudo que funcione”, sem se prender aos projetos ados. “Vamos considerar o que já foi feito, mas com base técnica atualizada e sem compromisso com antigos traçados”, afirmou.
A nova análise surge em meio à articulação dos prefeitos Eduardo Paes (Rio) e Rodrigo Neves (Niterói), que prometeram a Linha 3 como uma das obras centrais caso as cidades vençam a disputa para sediar os Jogos Pan-Americanos de 2031.
Orrico destaca os desafios do levantamento, como a ausência de dados atualizados sobre o comportamento do trânsito e a mobilidade urbana na região metropolitana. “As cidades mudaram. Duque de Caxias, por exemplo, hoje é um polo e não mais cidade-dormitório. Precisamos de dados que reflitam isso”, pontuou. Ele também ressaltou a importância da ligação entre Niterói e São Gonçalo, considerada a segunda maior conexão intermunicipal do Brasil, atrás apenas de São Paulo–Guarulhos.
O projeto da Linha 3 é discutido desde os anos 1960, com diversas tentativas frustradas de implantação. Em 2000, um estudo contratado pelo BNDES concluiu que um túnel seria viável. Em 2010, o TCU identificou irregularidades em levantamentos topográficos do trecho entre Niterói e Guaxindiba, suspendendo rees federais. Já em 2013, houve anúncio de liberação de verbas para um monotrilho com 14 estações, que nunca saiu do papel.
Em 2015, o traçado estimado tinha cerca de 21 km, com custo superior a US$ 2,5 bilhões, incluindo um túnel entre as estações Carioca (Centro do Rio) e Arariboia (Niterói), com continuidade até Guaxindiba, em São Gonçalo.
Apesar da longa história e das promessas arquivadas, a Coppe aposta na seriedade técnica e no acúmulo de experiências como diferencial. A instituição já foi responsável por projetos como o metrô de Salvador, a planta-piloto de hidrogênio verde e o sistema de sincronização de semáforos do Rio, implantado nos anos 1990.
Agora, o desafio é atualizar um sonho antigo com dados, mapas e análises que finalmente convençam os gestores a tirar a Linha 3 do papel.
Mais econômico seria um VLT usando a ponte existente.
Já tem barca. Já tem ponte. Se colocar trem, por ter maior velocidade, levaria ao fim o transporte de barca entre Praça XV e Arariboia.
Será que Flávio Bolsonaris pediu sua Rachadinha no estudo da UFRJ?
Nem precisou de lja de chocolate!
Não conseguem resolver o transporte entre a Ilha do Governador e a Praça XV em barcas, que já tem “vias” !!! Linha Vermelha e Av Brasil agradeceria ! ??
O trânsito entre a Ilha e o Centro/zona sul está ficando inviável.
O que já gastaram com estudo esses anos todos, já dava para estar com a obra pronta.
Espero que o Paes já esteja preso até 2031, mas, finalmente parece que algo ganhará avanço. Apesar da zumbilândia na UFRJ a COPPE é uma instituição séria. Espero que se Complete a linha 2 da Estácio a Praça XV, algo bem simples e essencial pra RMRJ, pois vai dar mãos capacidade e diminuir intervalos na linha 2 e na linha 1 que arão a andar separadas.
Acho que 26 milhões é só o projeto.
Acho que 26 milhões é so o projeto.
26 milhões ou bilhões? Valores estão incorretos
Acho que 26 milhões é só o projeto.