Depois de 32 edições no Theatro Municipal do Rio, o Prêmio da Música Brasileira pode deixar de ser realizado na capital fluminense. Criador e idealizador do evento, o empresário José Maurício Machline manifestou publicamente sua insatisfação com a condição da casa de espetáculos e com a condução istrativa do local, levantando a possibilidade de levar o prêmio para São Paulo. As informações são da Folha de São Paulo.
Em carta enviada ao governador Cláudio Castro na última quarta-feira (11), um dia após a realização da 32ª edição do evento, Machline não poupou críticas. Segundo ele, a direção do teatro foi “desrespeitosa e sem profissionalismo”, e a equipe do PMB enfrentou “fiscalização opressora e exagerada” durante o processo de montagem e realização da premiação.
O documento, revelado pelo colunista Lauro Jardim, também detalha os problemas estruturais do Municipal: banheiros interditados, palco com partes inoperantes e falhas no sistema de climatização. Um dos aparelhos de ar-condicionado não funcionava em uma sala técnica essencial, o que chegou a comprometer a segurança da rede elétrica do evento.
Machline ainda questiona o valor cobrado pelo uso do espaço — R$ 184,7 mil — e afirma que, apesar de já ter recebido propostas para transferir o prêmio para a capital paulista, preferiu mantê-lo no Rio por “convicção e afeto”. Mas o cenário atual pode mudar isso: “Infelizmente, os acontecimentos deste ano colocam essa escolha em xeque”, escreveu.