Durante uma operação realizada nesta quinta-feira (5), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) multou uma empresa por poluição na Baía de Guanabara. A ação fez parte do programa De Olho no Mar e teve como objetivo fiscalizar irregularidades ambientais em áreas estratégicas da baía, localizada no estado do Rio.
A equipe de fiscalização percorreu dois piers na Ilha d’Água e um ponto na região portuária do Rio. Ao longo da operação, foram identificadas manchas de gordura no mar e embarcações atracadas há cerca de 10 anos, uma delas envolvida recentemente em um vazamento de óleo na Baía de Guanabara. Diante das infrações, o Inea autuou uma empresa por descumprimento de medidas preventivas, com possibilidade de multa de até R$ 50 mil.
“Essa ação demonstra a importância de programas como o De Olho no Mar, gerido pelo Inea, que garante a fiscalização rigorosa de atividades marítimas potencialmente poluidoras, assegurando a proteção do ecossistema da Baía de Guanabara e reduzindo impactos ambientais irreversíveis para todo o Estado do Rio de Janeiro”, afirmou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.
O terminal da Ilha do Governador operado pela Moove, que sofreu um incêndio no início deste ano, também foi inspecionado durante a operação e, segundo o Inea, estava em conformidade com as normas ambientais.
A operação foi conduzida pela Diretoria de Pós-Licenciamento e Fiscalização Ambiental (DIRPOS) do Inea e contou com a parceria da Barcas Rio, da Abrabunker e de empresas integrantes do Plano de Área da Baía de Guanabara (PABG).
Combate a irregularidades ambientais na Baía de Guanabara
Criado há três anos, o programa De Olho no Mar tem como foco o monitoramento de irregularidades no transporte aquaviário e em empreendimentos licenciados pelo Inea. Além disso, o programa atua diretamente no combate às chamadas manchas de óleo órfãs — aquelas que não têm origem claramente identificada — na Baía de Guanabara.
A iniciativa surgiu a partir de um diagnóstico detalhado de acidentes ambientais no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 1983 e 2016, com especial atenção aos vazamentos de óleo na região costeira.