Na semana ada tivemos mais um episódio que podemos classificar como a jabuticaba carioca – ou seja, algo que, além de só existir no Brasil, só acontece no Rio de Janeiro: o prefeito, em vez de ouvir a população que o elegeu, lançou suspeitas sem nenhum fundamento.
Sim: Eduardo Paes classificou como “coisa de lobista” os protestos contra a construção de um hospital privado – exclusivo de uma operadora de planos de saúde – na Avenida Pasteur, a 100 metros de uma policlínica e a 500 metros do Hospital Rocha Maia.
Vale lembrar que o Plano Diretor, recentemente aprovado pela Câmara Municipal – depois de exaustivas discussões por anos – proíbe a concessão de novos alvarás para locais de internação. No projeto inicial da operadora, o hospital só faria serviços ambulatoriais, mas de repente tudo mudou e o escopo foi ampliado.
Os moradores da região, porém, não am mais os problemas de trânsito (ali funciona a única mão inglesa da cidade), que terminam impactando nas vias principais do bairro, e também a poluição sonora causada por sirenes e manifestaram sua contrariedade.
E como respondeu o prefeito? Chamando todos de lobistas. Além de usar a sua tradicional “negação” (algo que talvez a terapia ajudasse), se esqueceu convenientemente de mencionar a poluição sonora local.
Fica aqui a dúvida: quem elegeu Eduardo Paes? A população do Rio de Janeiro (da qual fazem parte os manifestantes de Botafogo) ou uma operadora de plano de saúde? Será que estes têm mais votos que aqueles?
O prefeito usa uma “pele de cordeiro” para defender o hospital (que só vai atender na verdade a usuários de um determinado plano), falando que há “histórico de uso” do local. E faz o papel de bonzinho como sempre, defendendo que será mais uma opção de saúde – mas curiosamente houve recentes reprovações de hospitais na região, uma apuração cuidadosa com empresários da rede privada pode confirmar o que afirmo.
Outro ponto curioso é ser “mais uma opção de saúde” apenas para um determinado plano.
Botafogo é um bairro com uma grande oferta de hospitais, clínicas e laboratórios. Funcionam lá o Hospital Samaritano (referência em assistência hospitalar de alto padrão), o Hospital Pró-Cardíaco, a Policlínica de Botafogo e o Hospital e Maternidade Santa Lúcia.
Todo o discurso ambiental esquerdista do prefeito parece ficar de lado nessas horas, e a preocupação com o trânsito segue o padrão de sempre: nenhuma.
O prefeito vai contra a população, ofendendo cidadãos comuns, e vai contra o Plano Diretor aprovado pelo Legislativo, tudo para possibilitar a construção de um hospital de um só plano de saúde.
Claro, tudo com o carinho de uma imprensa que costuma tratar bem os amigos do Lula.
Quem são os lobistas nesta história? Será que temos um Lobby com Pele de Cordeiro? Aguardemos.
É preciso sempre perguntar ao Paespalho quando tentar ar a imagem de santo o que aconteceu com as vigas da Perimetral na sua gestão anterior.
O que também foi fazer em Paris, na festa dos guardanapos.
Terrível, vereador, opinião fraca.
Não sou lobista, nem apoiador do prefeito,mas aquele trecho só tem a ganhar com um hospital.Vai trazer movimento a um lugar perigoso durante o entardecer/noite.
O tempo de ambulâncias com sirene ligada já ou.
Novamente o vereador lacrador querendo atrasar a cidade.
O desconhecimento do local faz com que o lacrador manipule informações para afundar a cidade junto com a sua própria mediocridade.
Tenho certeza que a maioria da população é a favor do hospital, principalmente idosos.
A saber:
– o hospital não fica no local da mão inglesa, fica antes.
– já existe um recuo grande entre o prédio e a rua
– idosos precisam de hospitais próximos
– além da citada acima,existem diversas outras ruas com mão inglesa, Leme é outro exemplo.
Vá trabalhar e pare de ser um atraso para a cidade.
Gostaria de observar que existe pelo menos mais um trecho de rua em mão inglesa na cidade, aliás, bem perto ali da Av. Pasteur. Fica na Rua Paissandu, entre a Rua Ipiranga e a Rua Presidente Carlos de Campos, em Laranjeiras.