A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta segunda-feira (19/05), uma operação para combater a produção e a venda de gelo contaminado com coliformes fecais, comercializado em quiosques e comércios nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio, na Zona Oeste da cidade.
A ação, conduzida por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon), ocorreu após laudos periciais confirmarem a presença de bactérias nocivas à saúde no material analisado.
Com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA), da Cedae e da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em fábricas suspeitas de abastecer a orla com produtos irregulares.
A investigação teve início em fevereiro, quando uma blitz em diferentes pontos da Zona Oeste resultou na apreensão de quatro caminhões carregados com gelo de procedência duvidosa.
Amostras do produto foram analisadas por técnicos da Cedae, que identificaram coliformes fecais e outras substâncias perigosas à saúde. Pelo menos uma das fábricas investigadas operava na comunidade da Cidade de Deus.
Além da qualidade do gelo, os agentes também apuram irregularidades na utilização de água e energia elétrica, além de possíveis crimes ambientais e contra o consumidor.
Fábricas clandestinas são alvos da investigação
A operação desta segunda-feira teve como foco fábricas clandestinas e estabelecimentos suspeitos de fabricar e distribuir gelo de forma irregular.
A ação busca evitar que produtos contaminados cheguem aos consumidores nas praias cariocas, especialmente em pontos turísticos de grande circulação.
As autoridades alertam para os riscos do consumo de gelo contaminado, que pode causar infecções intestinais, febres e outros problemas graves de saúde.
A Polícia Civil continuará com as investigações e promete intensificar as fiscalizações nos próximos meses.
Policial civil é morto durante operação na Cidade de Deus
Durante o cumprimento dos mandados na Cidade de Deus, um intenso tiroteio foi registrado na comunidade. O policial civil José Antônio Lourenço, diretor jurídico do sindicato da categoria e ex-subsecretário de Ordem Pública do município, foi baleado durante o confronto.
Ele chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. O episódio gerou grande comoção entre colegas de profissão e reforçou o alerta sobre os riscos envolvidos em operações desse tipo.
Por conta da troca de tiros, a Linha Amarela ficou interditada no sentido Fundão, e a alça de o à via expressa também precisou ser bloqueada após barricadas em chamas dificultarem o tráfego.