Polícia Civil interdita academia em Copacabana após morte de jovem de 22 anos por mal súbito

Dayane de Jesus cursava Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

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Dayane de Jesus, de 22 anos, morreu após ter um mal súbito em academia em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro — Foto: Reprodução

A Polícia Civil interditou a academia onde uma jovem de 22 anos morreu na noite desta terça-feira (20/05), em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Dayane de Jesus, que era aluna de Relações Internacionais da UFRJ, teve um mal súbito enquanto treinava. Imagens de câmeras de segurança mostram pessoas que estavam no local tentando socorrer a jovem.

As autoridades investigam se a academia desrespeitou normas de segurança. Uma das principais dúvidas é sobre a ausência de um desfibrilador externo automático no local. O equipamento é obrigatório por lei no estado desde 2022. A polícia quer saber se a falta desse aparelho pode ter tido relação direta com a morte da estudante.

Segundo a polícia, a academia foi interditada justamente por não cumprir regras istrativas relacionadas ao socorro em casos de emergência. Um dos alunos dessa academia, que é médico, estava treinando junto com a Dayane e chegou a pedir o aparelho, mas o equipamento não estava disponível.

A lei estadual exige que todas as academias tenham pelo menos um desfibrilador funcionando, além de pessoal treinado para usar o equipamento. O descumprimento dessa regra pode resultar em multa e até na interdição do estabelecimento.

Uma resolução de novembro de 2015, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, estabelece que as academias devem contar com profissionais de educação física capacitados para aplicar medidas de atendimento de emergência e e básico à vida. Esses profissionais devem atualizar essa capacitação a cada 24 meses, com comprovação documental. Além disso, a presença desses profissionais é obrigatória durante todo o horário de funcionamento da academia.

Outra linha de investigação levanta uma discussão sobre a exigência de exames médicos nas matrículas. Hoje, a exigência não é obrigatória por lei. Ainda está sendo investigado se essa academia exigiu o exame médico da Dayane, já que a jovem tinha uma questão cardíaca.

Nas redes sociais, o Instituto de Relações Internacionais da UFRJ emitiu uma nota de pesar sobre o ocorrido:

“O Instituto de Relações Internacionais e Defesa da UFRJ (Irid) manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento da estudante Dayane de Jesus Barbosa, do curso de relações internacionais. Compartilhamos com sua família e seus amigos a dor por essa perda, e nos colocamos à disposição para qualquer apoio que se fizer necessário. Fica estabelecido que o instituto estará de luto oficial nos próximos três dias.”

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1 COMENTÁRIO

  1. Morreu na academia como também poderia ter morrido numa corrida de rua.

    Será que arão a exigir das organizadoras de corrida de rua também exigir documento médico liberando os corredores?

    É absurdo encarregar estabelecimentos de exigir liberação médica para prática atividade. Cada um que cuide de suas condições de saúde com responsabilidade.

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