O Estado do Rio de Janeiro contribuiu para o recorde de transplantes alcançado pelo Brasil no ano ado. Ao todo, a saúde fluminense realizou 1.665 procedimentos, segundo um balanço divulgado, nesta quarta-feira (4), pelo Ministério da Saúde. Os principais transplantes efetuados no Estado envolveram tecidos e órgãos, como córnea (617), rim (590), fígado (312) e medula óssea (97).
Em 2024, o Brasil conquistou um recorde histórico de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com mais de 30 mil transplantes – crescimento de 18% em relação a 2022. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), celebrou o recorde que coloca o Brasil como o país cuja rede pública de saúde realiza mais transplantas no mundo.
“Quero dividir a conquista desse recorde com os secretários municipais e estaduais, a comunidade de saúde, os técnicos, os enfermeiros, as equipes do SAMU e os profissionais que se dedicam a fortalecer o sistema de saúde em todo o país. Temos que celebrar esse recorde. É a reafirmação do Brasil como país que mais faz transplantes em sistema público de saúde do mundo”, disse Padilha.
O ministro anunciou, ainda, uma série de medidas de modernização do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), para torná-lo cada vez mais eficiente e seguro. Entre elas, estão a oferta da Prova Cruzada Virtual para a rede pública de saúde e a reorganização das regiões onde os órgãos são alocados.
Durante a divulgação do balanço, Alexandre Padilha também lembrou avanços realizados, como o transplante de intestino delgado e multivisceral no SUS, além do uso de membrana amniótica para tratar queimaduras. Padilha também anunciou o Programa de Qualidade em Doação para Transplante (PRODOT), voltado para capacitação dos profissionais de saúde no acolhimento dos familiares, com o objetivo de reduzir a negativa de autorização de doações de órgãos. No ano ado, 55% das 4,9 mil famílias abordadas autorizaram a doação de órgãos de seus entes. O número de doadores efetivos, por sua vez, ou de 4 mil.
No Brasil, atualmente, cerca de 78 mil pessoas estão na fila de espera por doação de órgãos e tecidos. Em 2024, a maior demanda era para rim (42.838), córnea (32.349) e fígado (2.387). No Rio de Janeiro, aproximadamente, 7,5 mil pacientes esperam por transplante: 5,1 mil para córnea, 2,2 mil para rim e 151 para fígado.